Aceito o silencio que você impôs à nossa morada.
Vi seus gestos gastos
e aqueles espaços
abismando nossos olhos.
Aceito tuas notas dissonantes,
nelas também há vida ,
pulsando
melodiosa.
Aceito o silencio que você impôs à nossa morada.
rompo os laços, as
cordas
rasgo antigas partituras
De verde, ainda a saudade.
Há saudade,
brotando do árido
solo
onde desabrochavam teus lírios
de beleza,
a nossa melodia do dia –a-
dia..
Aceito o silencio que você impôs à nossa morada.
não digas nenhuma palavra
não quero ser salva.
pois além desta
solidão
deste rasgo no peito,
da dor de uma imensa paixão,
eu escuto o meu violino- coração,
que delicadamente canta
e o teu silencio, encanta
compondo só, nesse solo
nossa derradeira
canção.
Susana Meirelles
Parabéns, Su, pelo seu talento.
ResponderExcluirBjs.