Desde que me fiz teu,
passei a habitar teus azuis
e, em ti submerso,
fiz-me navegante
do teu mundo.
Vi, naufragados,
marinheiros viajantes,
teus amantes.
E, mais fundo, afogados,
dragões, ninfas e sereias
habitantes teus
que mal conheces.
Deitei em tuas espumas, na superfície,
tua pele
onde preferias estar.
Plácida, me acolheste em teu seio.
Ávido, explorei ilhas,
teus silêncios
e os peixes que traziam vida em abundância.
Deste ao meu corpo contornos mais belos
e formas imprevistas.
Deste aos meus dias
sentido
e sentimentos ao coração
envelhecido.
Deste aos meus cabelos sua cor viva
E às minhas veias,
tua vida.
Insensato, sacrifiquei caminhos, lugares,
atalhos mais fáceis ,
mais simples,
corações mais ternos,
mais belos,
trocando tudo pela poesia
que os teus azuis me evocavam.
Desejei caminhar ao teu lado,
de sol a sol
e, à noite, dividir astros
-os reflexos deles em ti-
navegando sem farol,
quase afogando-me,
de cabeça,
mergulhando,
sem razão,
entregando-me.
Aqui, eu, poema em flor,
Vim oferecer-te.
Mas só, fui
num frio marítimo
despertado.
Desesperado,
bato à tua porta
chamo o teu nome.
Em eco,
o silêncio.
E a imensa solidão
das ilhas,
ao longe
Há uma paz silenciosa
O mar, tão plácido,
O azul , tão profundo.
Mas meu coração
está em pedaços.
Nunca estiveste aqui,
nunca estiveste em nada,
só no meu
(mar imenso, mar sem fim)
amor de poeta.
Nada mais é tão fundo
Nada disso foi meu mundo.
Nesse mar profundo,
ao longe, nadas.
Fui despetalado.
E meus versos,
desperdiçados.
passei a habitar teus azuis
e, em ti submerso,
fiz-me navegante
do teu mundo.
Vi, naufragados,
marinheiros viajantes,
teus amantes.
E, mais fundo, afogados,
dragões, ninfas e sereias
habitantes teus
que mal conheces.
Deitei em tuas espumas, na superfície,
tua pele
onde preferias estar.
Plácida, me acolheste em teu seio.
Ávido, explorei ilhas,
teus silêncios
e os peixes que traziam vida em abundância.
Deste ao meu corpo contornos mais belos
e formas imprevistas.
Deste aos meus dias
sentido
e sentimentos ao coração
envelhecido.
Deste aos meus cabelos sua cor viva
E às minhas veias,
tua vida.
Insensato, sacrifiquei caminhos, lugares,
atalhos mais fáceis ,
mais simples,
corações mais ternos,
mais belos,
trocando tudo pela poesia
que os teus azuis me evocavam.
Desejei caminhar ao teu lado,
de sol a sol
e, à noite, dividir astros
-os reflexos deles em ti-
navegando sem farol,
quase afogando-me,
de cabeça,
mergulhando,
sem razão,
entregando-me.
Aqui, eu, poema em flor,
Vim oferecer-te.
Mas só, fui
num frio marítimo
despertado.
Desesperado,
bato à tua porta
chamo o teu nome.
Em eco,
o silêncio.
E a imensa solidão
das ilhas,
ao longe
Há uma paz silenciosa
O mar, tão plácido,
O azul , tão profundo.
Mas meu coração
está em pedaços.
Nunca estiveste aqui,
nunca estiveste em nada,
só no meu
(mar imenso, mar sem fim)
amor de poeta.
Nada mais é tão fundo
Nada disso foi meu mundo.
Nesse mar profundo,
ao longe, nadas.
Fui despetalado.
E meus versos,
desperdiçados.
Susana Meirelles
Fodástico esse poema, viu! Ou, como diz o Assis, de torar! <3
ResponderExcluirBeijos, Su!